Você conhece os riscos que o tabagismo pode causar na sua vida?
O mais conhecido inimigo do pulmão também pode trazer doenças para o coração. O tabagismo tem grande impacto sobre a saúde cardiovascular, além de causar dependência física, psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas.
Não faz diferença como o tabaco é consumido: cigarros, charutos, cachimbos e narguilés fazem mal à saúde. O tabaco mata mais de sete milhões de pessoas por ano, das quais cerca de 900 mil são não-fumantes que morrem por respirar o fumo passivo
História da oposição ao fumo
O tabagismo sofreu uma oposição precoce, baseado mais no desgosto das pessoas que circundavam os fumantes, do que realmente em motivos de saúde, visto que os estudos universitários e medicinais comprovando que o cigarro é danoso à saúde só apareceram 400 anos depois, no século XX.
O curto papado de 13 dias do Papa Urbano VII incluiu a primeira proibição de fumar em público, em 1590. O papa ameaçou excomungar quem “fumar tabaco no pórtico ou no interior de uma igreja, quer o tabaco seja mascado, fumado em um cachimbo, ou, em pó, cheirado pelo nariz”[2].
Logo seguida, algumas cidades européias adotaram a proibição ao fumo. Entre elas o Ducado da Alta Saxônia, a Baviera e algumas cidades na Áustria, logo no final dos anos 1600. Com o decorrer do tempo, outras cidades seguiram-se: foi proibido fumar em Berlim em 1723, em Conisberga em 1742, e em Estetino em 1744. Estas proibições foram todas revogadas nas Revoluções de 1848[3].
A primeira proibição anti-tabagista nacional da era moderna foi a do movimento anti-tabagismo na Alemanha nazista, imposta pelo Partido Nazista em todas as universidades, correios, hospitais militares e escritórios do Partido Nazista na Alemanha. Esta proibição foi feita sob os auspícios do Instituto de Pesquisa do Perigos do Tabaco, criado em 1941 sob ordens de Adolf Hitler e gerido por Karl Astel[4]. Grandes campanhas antitabagistas foram realizadas pelos nazistas até o fim do regime, em 1945.[5]Enquanto na época do pós-guerra e da Guerra Fria a Alemanha Ocidental começou a ser a favor do tabagismo deliberado, durante essa época e o movimento antitabagista ficou associado ao nazismo, visto que só foi comprovado que cigarro faz mal à saúde a partir de um estudo britânico de 1952 realizado pelo médico Richard Doll, no qual foi mostrada a correlação entre o cigarro e a ocorrência aumentada de casos de câncer de pulmão[6].
Movimento anti-tabagista moderno
As mais proeminentes organizações anti-tabagismo da atualidade incluem as entidades norte-americanas Ação sobre Fumo e Saúde (ou Action on Smoking and Health) e Ação no Espaço Aéreo sobre Fumo e Saúde ou (Airspace Action on Smoking and Health) e a organização canadense Conselho Canadense para o Controle do Tabaco. No Brasil as campanhas anti-tabagistas são coordenadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Existem duas grandes vertentes de argumentação no movimento anti-tabagismo:
• Em primeiro lugar, que fumar é prejudicial e ofensivo aos não-fumantes, e que eles não têm de ser expostos aos “gases residuais e detritos” dos fumantes;
• Em segundo lugar, que fumar é prejudicial à saúde dos fumante, e que, portanto:
o Crianças e adolescentes deveriam ser impedidos de começar a fumar
o Fumantes devem ser motivados para deixar de fumar para sua própria proteção
O fator decisivo para o sucesso dos movimentos modernos anti-tabagistas foi o reconhecimento que o tabagismo é tanto viciante quanto nocivo para a saúde, Isto tem reposicionado o anti-tabagismo na opinião pública e também desafiado o consenso social anterior de que fumar era um hábito inofensivo e até mesmo benéfico. Em particular, a consciência dos riscos à saúde do fumo passivo deslocou o debate do direito dos fumantes para os direitos dos não fumantes.
Depois de décadas do tabagismo ser visto como um comportamento normal, e apesar de seu suporte ao fumo por parte da indústria do tabaco, o movimento anti-tabagismo tem conseguido aumentar lentamente seu sucesso em vários países, com numerosas leis que proíbem fumar em espaços públicos fechados, assim como o apoio governamental em alguns países para campanhas anti-tabaco, como parte de suas iniciativas de saúde pública, além de restrições a sua publicidade a favor do fumo.
A nível mundial existe a Convenção Quadro para Controle do Tabaco, criada em 2006 é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde, buscando um compromisso internacional pela adoção de medidas de restrição ao consumo de cigarros e outros produtos derivados do tabaco. O governo tailandês desde 1966 proibiu o comércio de cigarros.[7]
Anti-tabagismo no Brasil
No Brasil, o anti-tabagismo é uma das bandeiras de saúde pública do governo, que é o principal ator do movimento. É proibido fumar (ou utilizar qualquer produto de fumo) em todos os recintos coletivos, privados ou públicos, a não ser em áreas especialmente destinadas a fumantes, devidamente isolada e com arejamento conveniente. É proibida a propaganda de artigos de fumo em rádio, televisão e outros meios de comunicação, sendo permitida somente no interior dos locais de venda, através de cartazes, que não sugiram o uso exagerado ou induzam o consumo através da sugestão de efeitos calmantes, imagens de maior sexualidade dos usuários ou associação do produto a práticas esportivas. Todo o produto de fumo deve conter frases de advertência. Além disso são proibidos a venda de fumo por via postal, a distribuição de amostra ou brinde; a propaganda pela internet; promoções em estabelecimentos de ensino ou em locais públicos; patrocínio de atividade cultural ou esportiva; venda em estabelecimentos de ensino e de saúde; venda a menores de dezoito anos. Um dos pilares e o aumento do preço do cigarro porem tal medida está provocando um aumento na pirataria, cigarros produzidos no Paraguai são vendidos livres de impostos através da prática de contrabando.[8] No congresso nacional, existe a Frente Parlamentar de Combate ao Uso do Cigarro
FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_antitabagismo