A data de 10 de julho é dedicada aos Engenheiros de Minas em forma de comemoração e homenagem ao dia de nascimento de Pedro Demóstenes Rache. Nascido em 10 de julho de 1879, o engenheiro é conhecido por ser o idealizador e o primeiro presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). A profissão de Engenheiro de Minas foi regulamentada via decreto nº 23.569/1933, durante o primeiro governo de Getúlio Vargas.
Uma profissão interdisciplinar e que é essencial para o desenvolvimento da sociedade como um todo, o Engenheiro de Minas é o responsável pela realização de pesquisas para mapear áreas de depósitos minerais, identificar os minérios presentes nesses espaços e a sua composição, além de mensurar a extensão e a localização. Ouro, cobre, diamante e minério de ferro normalmente são palavras que costumam vir à mente quando o assunto é mineração, mas a profissão vai além.
Todas as atividades exercidas pelo profissional devem considerar a preservação do meio ambiente, a fim de evitar agressões ambientais de qualquer natureza. Hoje, o Brasil possui mais de 5 mil Engenheiros de Minas formados com capacidade de atuar no mercado. Esse é o caso do Anderson Luis Weiss, de 45 anos. Morador de Figueira, Anderson realizou a graduação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, em 2001. Presente no mercado há duas décadas, sua perspectiva é positiva.
“Para nós, vejo que o mercado é promissor, pois existe certa carência de profissionais dispostos a atuar nos quatro cantos do nosso país. Costumo dizer que a mineração pode não representar o futuro, mas não há futuro sem mineração. E o profissional da área pode participar em projetos que requerem seu conhecimento técnico, bem como, realizar trabalhos na área de meio ambiente e atuar em órgãos públicos”, diz.
Atualmente, Weiss trabalha como gerente operacional na Carbonífera de Cambuí, localizada em Figueira, Paraná. Há 17 anos na empresa, ele conta que não é possível mensurar a quantidade de aplicações em que o trabalho do Engenheiro de Minas está presente.
“Desde itens básicos da construção civil utilizados em nossas casas, como a argila para tijolos e telhas, calcário para cimento, basalto para brita, até semicondutores e minerais utilizados em fertilizantes, cosméticos e fármacos. O nosso trabalho está aplicado em todos esses e outros processos de extração”, conta. Responsável por fiscalizar o exercício da profissão, a autarquia Crea-PR trabalha em prol da integridade e ética durante o exercício profissional, com presença, através de suas Câmaras Técnicas, e cuidados com as atribuições do Engenheiro de Minas.
Em 2021, o Brasil exportou 372,5 milhões de toneladas de minérios. A lista é liderada pelo minério de ferro, com 357,7 milhões de toneladas. Entre os principais, também estão o cobre e o nióbio, com 3.369 e 2.085 milhões de toneladas. Para Anderson, o Brasil possui ainda maior potencial.
“Aqui, temos uma das maiores reservas de minério de ferro e nióbio do mundo. Apesar da diversidade de minérios e minerais, temos um caminho a trilhar. Com uso de logística e pesquisa, vamos conseguir fomentar projetos sustentáveis e ter maior aproveitamento desses recursos minerais”, finaliza.
O texto que acabou de ler faz parte de uma ação de valorização profissional que o Crea-PR começou no início de 2022.